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domingo, 17 de dezembro de 2006

Portas e janelas

Depois de mais um dia difícil, trabalho sim, sim houve e haverá muito trabalho, problemas em casa, um corpo cansado e um vazio no coração.
Ela sobe as escadas devagar, um lance, dois, três andares, ela não foi vista por ninguém, mais cinco andares, empurra, a porta abre rangendo, ela chegou, o vento bate em seu rosto, ela fingi não sentir, sim e ela faz isso bem. Vinte passos depois, ela olha o mundo lá embaixo, com olhos molhados, vê pessoas pequenas, carros apressados, sem piscar ela pensa em ver tudo agora mesmo mais de perto, o vento a chama, mas não, não, não. Ela se vira, enxuga as lágrimas, devagar vai para casa, desmanchar o altar que fez a suas feridas, abre as portas e janelas e dá mais uma chance a sorte da Vida.

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