Andando rápido com seu All Star, Tiago desce as escadas. Estação da Sé, tanta gente indo, vindo, para todos os lados. No ouvido fone, mp3, tocava alto "Vai ver é assim mesmo" do Dance of Days.
“Sabe eu cansei de estar aqui esperando, mas não sei se...”.
Cabisbaixo, ele vai entre a multidão, não presta atenção em ninguém só quer um espaço. Um rosto conhecido era Aline, o coração bateu depressa até ver o cara mais velho que estava ao lado, era mais um.
“Quanto te vejo correr de lábio a lábio pelos...”.
Ele suspirou e andou sem olhar até perto da linha amarela de segurança, não havia nada que ele pudesse fazer, apenas sofrer mais uma vez.
“O amor é um demônio desgraçado que vive a me passar rasteiras...”.
O metrô se aproximava, Tiago ficou a espera, Aline passava os olhos entre os rostos porque viu o brilho dos olhos dele. As portas se abriram, o empurra-empurra de sempre, Aline foi até perto do vagão onde Tiago entrou, lá dentro não o encontrou, na plataforma ele não ficou, só houve um barulho, quando o metrô partiu.
“Talvez tudo mesmo seja a maneira que eu encontrei pra acabar com meus dias...”.
Tiago não sofreu mais por Aline, e ela chorando, correu aos braços do cara mais velho, que era seu pai...
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