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domingo, 17 de dezembro de 2006

Vai ver é assim mesmo


Andando rápido com seu All Star, Tiago desce as escadas. Estação da Sé, tanta gente indo, vindo, para todos os lados. No ouvido fone, mp3, tocava alto "Vai ver é assim mesmo" do Dance of Days.

“Sabe eu cansei de estar aqui esperando, mas não sei se...”.

Cabisbaixo, ele vai entre a multidão, não presta atenção em ninguém só quer um espaço. Um rosto conhecido era Aline, o coração bateu depressa até ver o cara mais velho que estava ao lado, era mais um.

“Quanto te vejo correr de lábio a lábio pelos...”.

Ele suspirou e andou sem olhar até perto da linha amarela de segurança, não havia nada que ele pudesse fazer, apenas sofrer mais uma vez.

“O amor é um demônio desgraçado que vive a me passar rasteiras...”.

O metrô se aproximava, Tiago ficou a espera, Aline passava os olhos entre os rostos porque viu o brilho dos olhos dele. As portas se abriram, o empurra-empurra de sempre, Aline foi até perto do vagão onde Tiago entrou, lá dentro não o encontrou, na plataforma ele não ficou, só houve um barulho, quando o metrô partiu.

“Talvez tudo mesmo seja a maneira que eu encontrei pra acabar com meus dias...”.

Tiago não sofreu mais por Aline, e ela chorando, correu aos braços do cara mais velho, que era seu pai...

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